M&A, um bom negócio, uma ótima carreira
São muitas as maneiras que as empresas buscam para consolidar sua posição no mercado, expandir suas operações ou diversificar suas atividades. Entre as mais utilizadas por organizações que têm coincidência de metas, projetos ou boa capacidade financeira são as fusões ou aquisições. Estas operações societárias, mais conhecidas por sua sigla em inglês M&A (Mergers & Acquisitions), unem duas ou mais empresas sob um mesmo guarda-chuva, reorganizando suas estruturas e aumentando sua força no mercado.
As operações de M&A são bastante comuns e, ao longo do tempo, têm sido utilizadas para criar conglomerados e novos negócios de sucesso. Alguns exemplos bem conhecidos são a Ambev (fusão entre a Cia. Antarctica Paulista e a Cia. Cervejaria Brahma), o Grupo Raia Drogasil, o Itaú Unibanco, a compra da Avon pela Natura e a Brasil Foods – BRF (fusão da Sadia com a Perdigão), entre outros. Também é bastante comum que startups saiam dos fundos de venture capital que financiaram seu desenvolvimento, por meio de negociações de M&A.
Quando uma empresa se une a outra para formar um novo negócio, a operação é de fusão. Quando uma organização adquire outra, trata-se de aquisição. Ambos os processos alteram a estrutura jurídica da organização e têm o objetivo de alavancar o crescimento e aumentar a competitividade no mercado.
Embora seja uma prática tradicional e conhecida, os processos de M&A têm particularidades e complexidades que exigem conhecimento profundo do mercado, análises preditivas e estratégicas do negócio, avaliação acurada das operações, conhecimento da legislação e regulamentações e, claro, muita negociação.
Processos de M&A são liderados por profissionais especializados com sólida formação em diferentes áreas, como Administração, Ciências Contábeis, Economia, Direito, entre outras. Para entender como tudo funciona, vamos conhecer um pouco os principais aspectos do M&A.
Acompanhe com a Trevisan para entender melhor.
Tipos de M&A
Um processo de M&A sempre busca o aumento da competitividade, conquista de market share e consolidação do negócio. Os caminhos para isso variam e dependem de cada situação específica a ser negociada.
M&A Horizontal – realizadas entre concorrentes diretos, é um modelo muito utilizado para ampliar o market share e se distanciar de outros concorrentes. O processo de integração entre as empresas é mais fácil e ágil, uma vez que trabalham com o mesmo portfólio e têm o mesmo público-alvo. Mas exige um cuidado adicional com a fusão de culturas organizacionais que podem ser distintas.
M&A Vertical – neste caso, as empresas que se unem atuam na mesma cadeia produtiva, mas em fases diferentes. Por exemplo, quando um fabricante adquire um ou mais fornecedores ou os canais de venda de seus produtos.
Conglomerado – formado por duas ou mais empresas de diferentes setores, sem necessariamente possuírem conexão entre si, que passam a ser geridas por uma controladora (ou holding), tornando-se suas subsidiárias.
Complementar – quando empresas com portfólios complementares se unem para otimizar a fidelização dos clientes/consumidores. Por exemplo, quando um fabricante de eletroeletrônicos adquire uma rede de manutenção desses equipamentos.
Extensão –quando empresas concorrentes que atuam em mercados diferentes se juntam para ampliar participação, ou quando empresas concorrentes consolidam seus portfólios para ampliar a base de clientes/consumidores.
No caso específico das aquisições, elas podem ocorrer de forma amigável ou hostil;
Aquisição amigável – quando os gestores das empresas envolvidas concordam com as vantagens da negociação e trabalham cooperativamente no processo de aquisição;
Aquisição hostil – quando a compradora adquire no mercado o controle acionário, à revelia do conselho de administração da empresa que está sendo adquirida. Este é, por óbvio, um processo mais complicado e pode ser traumático.
Seja qual for a modalidade de M&A escolhida, o sucesso da operação dependerá sempre da avaliação criteriosa de uma série de aspectos que vão além dos fatores meramente financeiros. Potencial de crescimento, capacidade de inovação, governança corporativa bem estruturada, cultura organizacional adequada são aspectos levados em consideração num processo de M&A.
Especialista em M&A – uma ótima carreira
As operações de M&A envolvem a participação de profissionais de diversas áreas que destrincham os pormenores de cada aspecto envolvido nas negociações. CEOs (Chief Executive Officer) e CFOs (Chief Financial Officer) sempre estão à frente da operação. Assessoria jurídica e contábil são fundamentais para que todo o processo ocorra sem erros que podem trazer prejuízos ou até mesmo inviabilizar a negociação. E, nas etapas iniciais de análise de viabilidade da transação, cabe aos profissionais de marketing a avaliação das vantagens competitivas da operação e a orientação sobre o tratamento a ser dado aos aspectos de posicionamento de marca, portfólio, público-alvo, entre outros.
Os processos de M&A são liderados por especialistas capacitados a compreender e conduzir todas as etapas da negociação que envolvem, além de análises cuidadosas do potencial da operação, processos complexos e burocráticos. São os profissionais de M&A, que atuam desde a identificação de potenciais oportunidades de fusão ou aquisição até a finalização do processo, os quais, dependendo da estrutura das empresas envolvidas e da complexidade da operação em questão, podem levar alguns anos para ser concluídos.
O especialista em M&A trabalha com base em um mapeamento detalhado do mercado, identificando oportunidades e apresentando-as aos potenciais interessados. Para isso, deve aprofundar suas habilidades de análise de tendências e cenários de mercado. Ele também deve estar preparado para realizar uma análise financeira (valuation) acurada dos interessados, a fim de poder determinar a viabilidade do negócio.
Durante o processo de negociação, o especialista em M&A atua no desenvolvimento de estratégias de integração das empresas envolvidas, reduzindo os riscos da operação e buscando as melhores estratégias de sucesso. Além de cuidar da objetividade e transparência da comunicação para o público interno e todos os stakeholders sobre o processo em andamento, evitando ruídos desnecessários e conquistando a colaboração das equipes afetadas.
O especialista em M&A também pode atuar como consultor de empresas compradoras (buy side) ou vendedoras (sell side), representando-as na negociação ou fazendo a intermediação do processo, apresentando propostas e contrapropostas e mediando as conversações.
Para se tornar um especialista em M&A é preciso ter formação superior em Administração, Direito, Economia, Ciências Contábeis, entre outras graduações semelhantes, além de desenvolver habilidades específicas como bom poder de negociação e de comunicação, capacidade de solução de conflitos, habilidade analítica e conhecimento de finanças corporativas, legislação e mercado financeiro.
Instituições financeiras, escritórios de advocacia, consultorias empresariais, boutiques de M&A, são muitos os postos de trabalho oferecidos para os especialistas em M&A desenvolverem suas carreiras. A remuneração para estes profissionais também é atraente, variando de uma média de R$ 13 mil mensais para especialistas, até R$ 250 mil mensais para executivos sêniores, segundo dados da primeira quinzena de agosto de 2024 da plataforma internacional de recrutamento Glassdoor. As comissões pagas pelas empresas contratantes varia de acordo com o porte e o estágio de consolidação do negócio de cada uma. Segundo a Elite Capital (especialista em M&A), negociações envolvendo mais de US$ 20 milhões pagam comissões de 2% a 4% do total negociado pelo escritório contratado.
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