No patrocínio esportivo, momento atual é de buscar novas formas de manter a marca envolvida com os fãs do esporte
Momento atual é crítico para o cenário do patrocínio esportivo, mas o esporte sempre vai atrair marcas interessadas em se vincular aos valores de saúde, emoção e paixão. Esta é a conclusão da quinta edição da série “Como Seguir o Jogo” sobre o tema patrocínio esportivo, que movimenta cerca de US$ 55 bilhões no mundo.
Com a paralisação dos torneios e restrição orçamentária nas empresas, acordos de patrocínio tiveram que ser revistos. “Alguns contratos foram suspensos e devem retornar após a volta das competições”, contou Fábio Wolff, da agência Wolff Sports & Marketing e professor da Trevisan. Ainda assim, existem oportunidades a serem aproveitadas principalmente ampliando a base no digital. Fábio cita como exemplo a ação da Baterax, patrocinadora do Botafogo, de criar um torneio de eSports no período junto com o clube.
Naturalmente, o cenário para novos negócios é bastante restrito e o desafio atual é manter os contratos existentes. “O objetivo no momento é conservar aquilo que construímos até aqui, evitando rompimentos e mantendo uma ativação principalmente por meios das mídias sociais de atletas”, disse Patricia Vital, Head de Marketing Brasil da Semp TCL, uma das marcas que mais investiram em patrocínio esportivo nos últimos anos. Ela citou como exemplo uma ação com o jogador Rodrygo, do Real Madrid, que quando a pandemia começou na China mandou mensagens de apoio para a população de lá.
Para as entidades esportivas, o desafio do momento é tentar manter a relação com o patrocinador realizando outras formas de entrega, principalmente pelos meios digitais. “O Flamengo é uma megaplataforma de mídia, com diversas propriedades para serem trabalhadas tanto presencialmente quanto offline”, diz Bernardo Pontes, gerente de marketing do clube e também professor da Trevisan. De fato, até abril o Flamengo registrou 308 milhões de interações em suas redes sociais, a quinta maior marca entre clubes de futebol no mundo para o período: “o torcedor percebe que as redes sociais fazem parte do seu dia a dia, por isso temos trabalhado ali diversos tipos de conteúdo em conjunto com as marcas”.
O contexto atual requer que tanto entidades esportivas quanto patrocinadores marquem presença de um jeito diferente, de forma a manter o retorno mercadológico neste período sem competições. O mundo digital é aliado nesse processo e pode servir de oportunidade para ampliar a atuação de ambos nesta base. E que o cenário de patrocínio esportivo possa seguir fortalecido no momento pós-pandemia.
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