O mercado global de Private Equity (PE), Venture Capital (VC) e fusões e aquisições (M&A) voltou a ganhar protagonismo, impulsionado por um ambiente de juros em queda, maior apetite por risco e reestruturações estratégicas entre grandes grupos. Dados da S&P Global apontam que o valor global de transações em Private Equity e Venture Capital cresceu 24,7% em 2024, atingindo US$ 639 bilhões, o primeiro avanço significativo desde 2021, indicando a retomada da confiança dos investidores e a volta dos chamados “eventos de liquidez”.
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Eventos de liquidez são pontos-chave no ciclo de vida de um investimento em VC ou PE. É quando os investidores conseguem realizar o lucro, geralmente por meio da venda da empresa investida, abertura de capital (IPO), fusão com outro grupo ou recompra de ações. No primeiro semestre de 2024, negócios como a aquisição da farmacêutica Catalent pela Novo Holdings, por US$ 16,5 bilhões, e a compra da provedora de data centers AirTrunk pela Blackstone e o fundo canadense CPPIB, por US$ 16,13 bilhões, foram exemplos claros desse movimento. No Brasil, gestoras como Spectra Investments e DGF Investimentos também protagonizaram transações expressivas, com foco em liquidez no mercado secundário e rodadas de expansão.
Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o ecossistema de gestoras especializadas em PE e VC está em constante expansão. Lá fora, nomes como Blackstone, KKR, Sequoia Capital e EQT Ventures lideram grandes operações. No mercado brasileiro, além da já mencionada Spectra, que administra cerca de R$ 7 bilhões, também se destacam a DGF Investimentos, a DOMO Invest e a Astella, que mantêm uma atuação forte em startups e empresas de médio porte.
Paralelamente ao crescimento do setor, ganha cada vez mais importância o processo de due diligence nas operações de M&A. A chamada diligência prévia é uma auditoria detalhada feita antes de uma aquisição ou fusão, com o objetivo de identificar riscos, avaliar passivos ocultos e validar os números apresentados pela empresa-alvo. Envolve análise financeira, contábil, fiscal, jurídica, trabalhista, regulatória e ambiental. Segundo relatório da consultoria EY divulgado em maio de 2024, 68% das transações globais que não passaram por uma due diligence robusta apresentaram problemas de integração nos dois primeiros anos pós-aquisição.
Outro fator decisivo nas transações é a busca por sinergias — uma das principais razões pelas quais empresas realizam M&As. O termo se refere aos ganhos que surgem da combinação de duas organizações, como redução de custos, aumento de receita, otimização operacional ou acesso a novos mercados. Um levantamento recente da PwC mostrou que 83% dos executivos de grandes empresas na América Latina acreditam que suas próximas aquisições serão motivadas principalmente pela geração de sinergias estratégicas. No Brasil, o setor de tecnologia e saúde lidera esse tipo de movimento.
Segundo a plataforma TTR Data, o Brasil liderou o ranking latino-americano de fusões e aquisições em 2024, com 1.674 negócios fechados, movimentando US$ 47,9 bilhões. Embora o número de operações tenha caído 21% em relação a 2023, o volume financeiro cresceu 10%, o que revela transações mais seletivas e de maior valor agregado.
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