Resumo:
Este artigo analisa comparativamente a gestão do legado esportivo e da infraestrutura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020. A partir de uma abordagem qualitativa e documental, investiga-se como os equipamentos esportivos foram geridos após os eventos, identificando boas práticas, falhas de planejamento e impactos sobre as comunidades locais. O estudo revela que, apesar de contextos sociopolíticos e econômicos distintos, ambos os países enfrentaram desafios na manutenção e reutilização das instalações olímpicas. A análise aponta para a importância de políticas públicas contínuas, transparência e planejamento de longo prazo na construção de legados sustentáveis.
Palavras chave: legado olímpico; gestão esportiva; Rio 2016; Tóquio 2020; equipamentos esportivos.
1. Introdução
A realização de Jogos Olímpicos representa muito mais do que um evento esportivo: trata-se de uma
operação de magnitude global que envolve investimentos bilionários, reconfiguração de territórios urbanos, mobilização de políticas públicas e expectativas de transformação social. Historicamente, os países-sede costumam justificar tais gastos com a promessa de que os Jogos deixarão um legado duradouro — especialmente no campo esportivo, com a criação de infraestruturas modernas, centros de treinamento e o estímulo à prática esportiva pela população.
Entretanto, essa narrativa otimista nem sempre se concretiza. Em diversos contextos, os equipamentos
esportivos construídos para os Jogos acabam subutilizados, abandonados ou privatizados, afastando-se do ideal de bem público. Esse cenário levanta uma questão central: o que acontece com esses espaços após o encerramento das competições?
Este artigo busca investigar essa problemática por meio da análise comparativa entre os legados olímpicos de dois eventos recentes e emblemáticos: os Jogos do Rio de Janeiro (2016) e de Tóquio (2020). Ambos foram realizados em contextos desafiadores — o primeiro em meio a crises políticas e econômicas no Brasil, o segundo em plena pandemia global —, e apresentam abordagens bastante distintas quanto à gestão dos equipamentos esportivos e à construção do legado.
A escolha desses dois casos permite compreender contrastes relevantes entre modelos de planejamento, execução e pós-uso das infraestruturas olímpicas. Enquanto o Brasil apostou em grandes obras com promessas de uso futuro que, em sua maioria, não se realizaram, o Japão adotou uma abordagem mais racional e flexível, com ênfase em estruturas temporárias e parcerias estratégicas desde a concepção dos Jogos.
A metodologia adotada neste trabalho envolve análise documental, revisão bibliográfica e estudo de casos, permitindo uma investigação qualitativa sobre os fatores que influenciam o sucesso ou o fracasso da gestão de legado. São utilizados dados públicos, relatórios oficiais dos comitês organizadores, notícias da imprensa e literatura especializada sobre o tema.
Ao examinar o destino das instalações olímpicas e as estratégias adotadas em cada país, este artigo pretende contribuir para o debate sobre a gestão eficiente do legado esportivo, oferecendo subsídios a gestores públicos, planejadores urbanos, acadêmicos e demais interessados na construção de políticas mais sustentáveis para o esporte. Além disso, a discussão se insere em um contexto mais amplo sobre governança, responsabilidade social e o papel das mulheres na liderança de processos esportivos transformadores, temática central deste concurso.
2. O conceito de legado esportivo olímpico
A realização dos Jogos Olímpicos não é apenas um espetáculo esportivo global, mas uma intervenção profunda e multifacetada nas cidades que os sediam. Além de mobilizar recursos econômicos e humanos em larga escala, os Jogos provocam reconfigurações urbanas, políticas, sociais e simbólicas que permanecem muito além das duas semanas de competições. É nesse contexto que surge o conceito de legado olímpico, compreendido como o conjunto de transformações duradouras — materiais ou imateriais — decorrentes da organização do megaevento.
Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), legado é definido como “tudo aquilo que é construído, conquistado e aprendido a partir da organização de um megaevento esportivo” (COI, 2020). Esse conceito, no entanto, não é neutro: ele carrega disputas sobre o que se considera um benefício legítimo, quem são seus destinatários e como os impactos são medidos ao longo do tempo.
De acordo com Preuss (2007), um dos principais estudiosos da temática, os legados podem ser classificados em cinco grandes dimensões:
Entretanto, a literatura aponta que o legado não é garantido pela simples realização dos Jogos. Ele depende de um planejamento integrado e de políticas públicas consistentes, que antecedam o evento e que continuem sendo aplicadas após seu encerramento (GOLD; GOLD, 2017). Quando esse planejamento falha, o legado tende a se converter em passivo urbano e social, e não em ativo duradouro.
É o que acontece com frequência em países que adotam uma abordagem centrada em “legado por inércia”, ou seja, que acreditam que o impacto positivo ocorrerá automaticamente a partir das obras e da visibilidade internacional. Tal percepção tem se mostrado equivocada em experiências como Atenas 2004, onde boa parte das arenas encontra-se abandonada até hoje, consumindo recursos públicos para manutenção sem gerar benefícios para a população (MALVINAS; BASSI, 2016).
Por outro lado, existem exemplos bem-sucedidos de legado esportivo planejado. O caso de Barcelona 1992 é considerado emblemático por integrar os Jogos a um projeto urbano de longo prazo, alinhado ao plano diretor da cidade. Com isso, a capital catalã reconfigurou seu sistema viário, modernizou sua orla marítima, promoveu o turismo e consolidou sua imagem como cidade global. Mais recentemente, Londres 2012 também destacou-se por sua proposta de legado social e ambiental, ao revitalizar o bairro de Stratford, no leste londrino, e transformá-lo em polo esportivo, educacional e habitacional (COATES; WOGAN, 2015).
Nesse sentido, é fundamental entender que o legado não é apenas uma etapa posterior ao evento. Ele deve ser concebido desde o momento da candidatura da cidade, com objetivos claros, indicadores de acompanhamento, mecanismos de transparência e instrumentos de gestão intersetorial. Isso inclui a escuta das comunidades locais, o envolvimento de universidades e clubes esportivos, e o comprometimento de diferentes esferas de governo e setores da sociedade civil.
Em resumo, o legado olímpico é uma oportunidade de catalisar mudanças estruturais positivas. Porém, quando mal planejado ou mal gerido, ele revela as fragilidades institucionais, os vícios de gestão e a ausência de visão estratégica de longo prazo. Assim, o estudo da gestão do legado torna-se um campo prioritário para políticas públicas, planejamento urbano e desenvolvimento esportivo — sobretudo em países em desenvolvimento, onde os recursos são mais escassos e a demanda por impactos sociais é mais urgente.
3. A Realidade Pós-Rio 2016: Promessas Desfeitas, Ruínas e a Busca por Aprendizados
A cidade do Rio de Janeiro foi palco dos Jogos Olímpicos de 2016, um evento que prometia uma transformação urbana abrangente, um impulso significativo ao desenvolvimento esportivo e a promoção da inclusão social. Para concretizar essa visão, o Brasil investiu aproximadamente R$ 43,3 bilhões, combinando recursos provenientes tanto do setor público quanto do privado (MINISTÉRIO DO ESPORTE, 2017). Esse montante considerável foi alocado na construção e reforma de inúmeras instalações esportivas, incluindo o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, o Parque Radical de Deodoro e a Vila dos Atletas, todas projetadas para se tornarem centros de excelência e um legado duradouro para a população.
Panorama das Instalações: Do Brilho ao Desuso
O Parque Olímpico da Barra, que serviu como o principal centro de competições, abrigava algumas das arenas mais modernas da América Latina, como a Arena Carioca 1 (basquete), a Arena do Futuro (handebol) e o Velódromo. No entanto, a realidade atual é que muitas dessas estruturas encontram-se fechadas, em estado de deterioração ou com uso extremamente limitado, o que demonstra a ausência de um plano de sustentabilidade de longo prazo. A Arena do Futuro, por exemplo, foi desmontada sob a promessa de ser transformada em escolas públicas, mas esse projeto nunca foi efetivamente implementado.
O Complexo de Deodoro, que foi sede de esportes como BMX, canoagem e pentatlo moderno, enfrentou um destino ainda mais sombrio. Após os Jogos, foi completamente fechado ao público e permaneceu abandonado por anos, sem sequer garantir o acesso às comunidades vizinhas, que já sofrem com altos índices de vulnerabilidade social (GAFFNEY, 2016).
A Vila dos Atletas, comercializada como um empreendimento imobiliário de alto padrão, também não escapou dos problemas. A baixa ocupação nos anos seguintes ao evento, somada a processos judiciais envolvendo a construtora responsável, mancharam a imagem do projeto.
A Crítica Ausência de Políticas de Pós-Uso
Desde o início, ficou evidente a falta de um plano de legado robusto e abrangente. Não houve um instrumento público consistente que previsse a gestão, manutenção e ocupação dos espaços olímpicos após a conclusão dos Jogos. A Autoridade Pública Olímpica (APO), que havia coordenado a organização do evento, foi extinta logo após o seu término. A gestão das arenas foi então transferida para diversas entidades – prefeitura, governo federal e até mesmo a iniciativa privada – sem que houvesse uma articulação clara e eficiente entre elas.
Essa falta de coordenação resultou na paralisação da maioria dos projetos de reaproveitamento, no sucateamento das estruturas e, em alguns casos, na completa inutilização dos espaços. Em 2021, a prefeitura do Rio de Janeiro assumiu o controle do Parque Olímpico, mas encontrou as arenas sem contratos de manutenção ativos e em um avançado estado de deterioração.
Impactos Negativos na Comunidade e no Sistema Esportivo
A expectativa de que o legado dos Jogos impulsionaria o desenvolvimento esportivo de base e ampliaria o acesso ao esporte de alto rendimento no Brasil não se concretizou. Ao contrário, a precarização das estruturas dificultou o uso por atletas, clubes e projetos sociais. Muitas das instalações permanecem inacessíveis para a população – especialmente para as comunidades mais carentes – minando os potenciais ganhos sociais do evento.
Adicionalmente, o abandono das instalações contribuiu para o descrédito da população em relação aos megaeventos e gerou frustração nos setores envolvidos com o esporte. O legado esportivo, que poderia ter consolidado centros de formação e treinamento, ficou restrito a ações pontuais, muitas vezes sustentadas por ONGs ou parcerias temporárias.
Análise das Causas do Fracasso
As principais causas para o fracasso na gestão do legado do Rio 2016 podem ser resumidas em:
Como destaca Gaffney (2016), os Jogos do Rio foram marcados por uma “governança olímpica paralela”, que ignorou processos participativos e deixou como herança estruturas elitizadas e sem função clara no tecido urbano.
Propostas de Soluções e Recomendações
Para evitar que o legado de megaeventos esportivos se transforme em um fardo para a sociedade, é crucial adotar uma abordagem mais estratégica e integrada. Algumas possíveis soluções incluem:
Criação de um Plano de Legado Abrangente:
Implementação de uma Gestão Transparente e Responsável:
Promoção do Envolvimento da Comunidade Local:
Busca por Parcerias Sustentáveis:
Integração com o Planejamento Urbano:
4. Estratégias de Infraestrutura Desmontável e Reutilizável
Um dos pilares da abordagem japonesa foi a utilização de infraestruturas já existentes. Mais de 60% das instalações utilizadas em Tóquio 2020 já estavam em operação antes dos Jogos (TOKYO ORGANISING COMMITTEE, 2021). Além disso, diversas estruturas foram construídas com materiais recicláveis e montagens desmontáveis, permitindo sua reutilização em outros contextos após o evento. Um exemplo emblemático dessa estratégia foi o Centro de Basquete 3×3 e Escalada, que foi completamente desmontado poucas semanas após o encerramento dos Jogos, com o reaproveitamento previsto para eventos comunitários e escolares, demonstrando um compromisso com a sustentabilidade e o uso eficiente dos recursos.
O Estádio Olímpico Nacional, projetado pelo renomado arquiteto Kengo Kuma, embora permanente, foi concebido com ênfase em ventilação natural e materiais locais, visando minimizar o impacto ambiental e reduzir os custos de manutenção a longo prazo. A combinação entre instalações temporárias e a reforma de equipamentos existentes permitiu ao Japão evitar a proliferação de estruturas subutilizadas – um problema que marcou experiências anteriores, como as de Atenas 2004 e Rio 2016, demonstrando uma abordagem mais prudente e responsável na gestão do legado olímpico.
Parcerias Estratégicas para o Pós-Evento
Outro diferencial crucial da abordagem japonesa foi a formalização de parcerias institucionais sólidas entre o Comitê Organizador, o governo japonês, escolas públicas, universidades e clubes esportivos. Essas parcerias já estavam previstas no plano de legado desde 2015, garantindo que o uso futuro das instalações estivesse atrelado a compromissos contratuais claros e bem definidos. Essa medida proativa garantiu maior eficácia na ocupação dos espaços após os Jogos, evitando o abandono e a deterioração observados em outras edições.
O Ariake Arena, por exemplo, local das competições de vôlei, foi convertido em um centro multiuso aberto à comunidade e ao alto rendimento, com gestão compartilhada entre o município de Tóquio e entidades esportivas locais. Essa abordagem colaborativa garante que a instalação continue a servir às necessidades da população e a promover o desenvolvimento esportivo. Da mesma forma, o Tokyo Aquatics Centre segue como espaço de treinamento para atletas de elite, ao mesmo tempo em que oferece horários abertos ao público, democratizando o acesso e incentivando a prática esportiva.
Adaptação e Resiliência Diante da Realidade Pós-COVID
O impacto da pandemia de COVID-19 exigiu que Tóquio reformulasse parte do planejamento original, minimizando o número de construções novas e otimizando o uso do que já existia. Essa adaptação permitiu reduzir os custos em até 20% em comparação com o orçamento inicial (NHK WORLD, 2021), demonstrando a capacidade de resposta e a flexibilidade do comitê organizador. Além disso, foram realizados estudos de viabilidade que previam a capacidade reduzida de público e mudanças nos padrões de uso urbano, priorizando a flexibilidade e o acesso comunitário às estruturas, garantindo que elas pudessem ser utilizadas de forma segura e eficiente em um novo contexto.
O conceito de “legacy in motion”, adotado oficialmente pelo comitê organizador, incorporava resiliência e adaptação contínua, prevendo diferentes cenários para o uso das instalações em função da evolução da pandemia. Essa filosofia inovadora demonstrou que o legado não é um destino fixo, mas um processo vivo, que precisa ser constantemente reavaliado e ajustado para atender às necessidades da sociedade em constante mudança.
Lições Aprendidas e Comparações com o Caso Brasileiro
Ao comparar os modelos brasileiro e japonês de gestão de legado, emergem contrastes significativos que oferecem lições valiosas para futuras cidades-sede. Enquanto o Brasil priorizou a visibilidade e a monumentalidade nas obras, o Japão optou pela racionalidade, pela funcionalidade e pela adaptabilidade. Enquanto no Rio houve descontinuidade institucional e abandono, Tóquio investiu em governança robusta, parcerias estratégicas e contratos de longo prazo.
Outro ponto importante a ser destacado é a previsão orçamentária realista e transparente adotada pelo governo japonês, com auditorias públicas e revisões periódicas do plano de legado. No caso brasileiro, diversos projetos foram lançados sem garantia de execução, o que comprometeu sua sustentabilidade e gerou desconfiança na população.
Tóquio demonstrou que é possível realizar Jogos Olímpicos com impacto positivo e legado ativo, mesmo em meio a crises globais. A experiência japonesa representa um exemplo relevante para futuras cidades-sede, especialmente para países em desenvolvimento, que não podem se dar ao luxo de herdar estruturas inoperantes e onerosas.
5. Conclusão: Lições Cruciais para um Legado Olímpico Sustentável e Transformador
A análise comparativa entre os legados esportivos dos Jogos Olímpicos de Rio 2016 e Tóquio 2020 revela que a diferença entre sucesso e fracasso na gestão do legado reside menos na dimensão econômica dos países e mais na qualidade do planejamento, da governança e da articulação interinstitucional.
Enquanto o Brasil investiu bilhões em estruturas que rapidamente se deterioraram devido à ausência de políticas públicas continuadas, o Japão apostou na racionalidade, na reutilização e na previsão contratual
para garantir o uso efetivo das instalações após o evento. A escolha por estruturas temporárias, a antecipação de parcerias e a adaptação frente à pandemia fizeram de Tóquio um modelo de referência em gestão de legado, mesmo em um contexto adverso.
Os principais achados deste estudo apontam que uma boa gestão de legado olímpico se fundamenta em:
Mais do que a construção de arenas e vilas, o verdadeiro legado olímpico reside na capacidade de transformar o esporte em política pública duradoura, acessível e promotora de bem-estar social. Sem essa visão, os Jogos se tornam apenas uma vitrine momentânea, com alto custo e baixo retorno social.
Nesse cenário, destaca-se a importância da presença feminina na gestão esportiva. Mulheres trazem novas perspectivas, práticas mais colaborativas e maior sensibilidade às demandas sociais e comunitárias. Além disso, representam uma força fiscalizadora e inovadora diante de estruturas historicamente masculinas e verticalizadas. Promover a equidade de gênero nos espaços de decisão é, portanto, parte fundamental da construção de legados mais justos, transparentes e sustentáveis.
A experiência de Rio e Tóquio deixa claro que o legado não é automático: ele precisa ser projetado, executado e cuidado com responsabilidade. E essa responsabilidade é, também, das mulheres que estão ocupando e transformando a gestão do esporte, trazendo uma nova perspectiva e um compromisso renovado com o bem-estar da sociedade.
Referências
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