Como se prevenir do Burnout: estratégias para preservar a saúde mental

Tendo como principal causa o excesso de trabalho, o Burnout é um distúrbio que tem sido cada vez mais comum em nossos dias.

Isso pode acontecer pelos mais variados motivos, estando eles aliados ou não, seja pela falta de conhecimento deste problema ou até mesmo devido à negligência de momentos de lazer e cuidado; mas o fato é que ele pode ter consequências muito severas e irreversíveis em alguns casos!

Afinal, após um quadro como este, é muto comum sofrer de transtornos de ansiedade e depressão, bem como a frequente sensação de estar sob estresse.

Por isso, entender melhor sobre o tema e saber como se prevenir se torna crucial para contornar ao máximo a possibilidade de desenvolver este problema. Então para saber mais, continue acompanhando conosco e descubra tudo sobre este assunto tão importante!

O que é o Burnout?

Também classificado como a Síndrome do Esgotamento Profissional, esta doença é uma alteração nas condições mentais que afeta toda a rotina.

Caracterizada principalmente por uma sensação de extrema exaustão, existem algumas possíveis causas que podem levar uma pessoa a este quadro, mas geralmente envolvem um mesmo problema: o excesso de trabalho e o estresse gerado por este.

Quando você passa frequentemente por situações muito desgastantes, que requerem muita responsabilidade ou com alto nível de competitividade, é muito possível desenvolver esta síndrome.

Quais os principais sintomas e como identificar um Burnout?

Além de sentir que está muito estressado, o Ministério da Saúde define que esta doença envolve problemas como nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço além do comum e tonturas.

Mas dentre os principais sintomas do Burnout que podem indicar que algo está errado e ajudar a identificar precocemente, temos uma lista ainda maior, que envolve:

  • Alterações no apetite e nos batimentos cardíacos;
  • Cansaço descomunal nos âmbitos físico e mental;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dores musculares muito intensas, frequentes ou sem motivo aparente;
  • Problemas gastrointestinais constantes;
  • Insônia e dificuldade para dormir;
  • Isolamento social;
  • Mudanças de humor repentinamente;
  • Negatividade constante;
  • Sensação de incompetência;
  • Sentimento de fracasso, insegurança, derrota e desesperança.

Atente-se ao fato de que nem sempre todos os sintomas desta lista aparecem de uma só vez e que, normalmente, eles começam de forma leve, mas vão piorando com o passar do tempo.

Mas se este for o seu caso, mesmo que inicialmente, fique de olho e procure por ajuda e apoio profissional para evitar maiores complicações!

Qual a relevância deste assunto atualmente?

A relevância da Síndrome de Burnout se dá na medida em que quanto mais informações temos sobre o assunto, mais possível fica ter uma prevenção do Burnout. É claro que não é uma garantia de não desenvolvê-la; porém, evitar já é um ótimo começo!

E quando analisamos que uma pessoa afetada por essa doença pode ter diversos aspectos da vida comprometidos, já que existem muitos impactos que uma pessoa pode sofrer nas questões psicológica e no relacionamento interpessoal, se precaver é a melhor forma de agir.

Por outro lado, é essencial falarmos sobre o assunto cada vez mais e mais para as pessoas conhecerem seus limites físicos e mentais, tanto enquanto funcionários, mas também enquanto chefes e líderes de colaboradores.

O Burnout foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde em 1º de janeiro de 2022 como uma doença ocupacional, e uma pesquisa da USP, feita em 2021, revela que 18% dos brasileiros são vítimas dela, sendo que destes, a maioria está abaixo dos 30 anos de idade.

Logo, conhecer este tema é de suma importância para que esse índice se torne cada vez menor, promovendo um melhor bem-estar diário e maior qualidade dos serviços prestados para socorrer pessoas com este problema.

Por que é importante prevenir o Burnout?

À medida que essa condição pode ter sérias consequências, tanto físicas quanto emocionais, a prevenção é uma ótima aliada para conservar a saúde e o bem-estar.

O motivo para isso é por se tratar de um esgotamento profissional causado pelo acúmulo excessivo de estresse e pressão no trabalho. E quando não é devidamente prevenido e tratado, pode levar a outros problemas, como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e enfraquecimento do sistema imunológico.

Por outro lado, ele afeta negativamente a qualidade de vida, interferindo nos relacionamentos pessoais, na satisfação e no contentamento geral.

Assim, isso pode levar à perda de interesse e motivação pelo trabalho, queda de produtividade, dificuldades de concentração e baixo desempenho profissional, fatores que podem somente agravar ainda mais a sua situação.

A longo prazo, é possível chegar a um nível de completo esgotamento emocional por causa desta doença, bem como sentimentos de frustração e desgaste que comprometem a capacidade de lidar com desafios profissionais e pessoais.

Portanto, é fundamental adotar medidas preventivas, como estabelecer limites saudáveis entre trabalho e vida pessoal, praticar técnicas de gerenciamento de estresse, cuidar da saúde física e emocional/mental, buscar apoio e suporte, e ainda promover um ambiente de trabalho saudável e equilibrado.

Prevenir o Burnout é sinônimo de preservar a saúde, o bem-estar e o prazer no trabalho, favorecendo e gerando uma vida equilibrada e satisfatória.

Existe uma forma de saber se tenho risco de desenvolver esta síndrome?

A primeira coisa que precisamos estabelecer é que esta não é uma condição hereditária, ou seja, que passa de geração para geração. Sendo assim, são outros fatores que levam a essa situação, como majoritariamente o estresse no trabalho.

E embora cada pessoa seja única e apresente diferentes níveis de vulnerabilidade e resistência às situações estressantes e como isso as afeta, existem alguns agravantes que podem indicar uma maior chance de desenvolver a síndrome.

Esteja atento a esses sinais para uma possível identificação precoce e adoção de medidas preventivas. Alguns deles incluem:

  • Excesso de trabalho: trabalhar longas horas, ter uma carga de trabalho excessiva ou estar constantemente envolvido em atividades profissionais sem tempo adequado o suficiente para descanso e recuperação;
  • Falta de controle: sentir-se sem controle sobre o trabalho, sem autonomia para tomar decisões ou enfrentar constantes pressões e demandas externas;
  • Desconexão emocional: sentir-se desmotivado, emocionalmente exausto ou indiferente em relação ao trabalho, experimentando uma perda de interesse ou de prazer nas atividades profissionais diárias;
  • Ambiente de trabalho desfavorável: estar exposto a um ambiente de trabalho ruim e/ou tóxico, com falta de apoio e reconhecimento, conflitos interpessoais constantes e sem muita clareza em relação às expectativas;
  • Perfeccionismo excessivo: ter altos padrões pessoais e profissionais, buscando constantemente a perfeição e se sentindo frustrado ou sobrecarregado quando as expectativas não são atendidas;
  • Falta de suporte social: ter poucas oportunidades de apoio social no ambiente corporativo, baixo ou nenhum suporte de colegas e superiores, ou sentir-se isolado profissionalmente;
  • Histórico de estresse crônico: ter histórico de enfrentar altos níveis de estresse por um longo período, seja no trabalho ou em outras áreas da vida.

É importante destacar que a presença desses sinais de Burnout e fatores de risco não significa necessariamente que você desenvolverá a doença, apenas que isso aumenta a probabilidade.

Caso os identifique, que são as principais causas, é recomendado buscar suporte profissional, como conversar com um psicólogo ou médico, que poderá fornecer uma avaliação mais precisa e orientações mais adequadas para prevenir e lidar com este problema.

Como se prevenir contra o desenvolvimento do Burnout?

Quando falamos sobre medidas de prevenir o surgimento deste distúrbio, estamos falando de diversas estratégias eficazes para isso, que envolvem os seguintes pontos:

  • Estabelecer limites entre o trabalho e a vida pessoal, impondo horários de trabalho regulares, evitar levar trabalho para casa/cama (para quem faz home office ou modelo híbrido) e separar momentos de descanso e lazer;
  • Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, reservar tempo para atividades que proporcionem prazer e relaxamento, como hobbies, exercícios físicos, momentos com a família e amigos;
  • Praticar o autocuidado. Dedique tempo para cuidar de si física e mentalmente com  a prática de exercícios, hábitos alimentares saudáveis, dormir o suficiente e aprender técnicas de gerenciamento do estresse, como meditação e respiração profunda;
  • Estabelecer metas alcançáveis e realistas no trabalho, evitando se colocar sob uma carga excessiva de trabalho;
  • Aprender a delegar responsabilidades quando possível e priorizar as atividades mais importantes;
  • Manter uma rede de apoio sólida, conversando com colegas de trabalho, amigos e familiares sobre suas preocupações e desafios diários. Compartilhar experiências pode trazer alívio emocional e diferentes perspectivas das situações enfrentadas;
  • Reconhecer sinais de alerta de estresse e exaustão, como fadiga constante, irritabilidade, dificuldade de concentração e alterações no sono. Ao identificar esses sinais precocemente, é possível tomar medidas para prevenir o avanço do Burnout;
  • Buscar ajuda profissional se o estresse e a exaustão persistirem, como psicólogos ou terapeutas, profissionais que podem dar todo o suporte adequado e elencar estratégias para lidar com este problema.

É essencial lembrar que cada indivíduo pode exigir abordagens personalizadas para a prevenção, mas geralmente o autocuidado e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal desempenham um papel crucial, permitindo que as pessoas mantenham sua saúde física e mental em um nível saudável e sustentável para os dias.

Aprendendo a fazer um gerenciamento eficaz do estresse

Sentir estresse no trabalho e no dia a dia é algo comum, tido como muitos como impossível de contornar. No entanto, é possível evitar que isso gere problemas ainda maiores. E para fazer um bom gerenciamento do estresse, algumas dicas que podem ajudar são:

  • Fazer uma reflexão sobre as situações, atividades ou pessoas que estão causando estresse em sua vida para saber lidar com elas de maneira eficaz;
  • Reservar um tempo diário para praticar técnicas de relaxamento, como meditação, respiração profunda, ioga ou exercícios de alongamento, que ajudam a reduzir a tensão muscular e promovem a sensação de calma e tranquilidade;
  • Reconhecer seus limites e aprender a dizer não quando sentir que está sobrecarregado, ajudando a evitá-la e permitindo que você se concentre em suas prioridades;
  • Ter uma agenda ou um planejador para organizar suas tarefas e compromissos, priorizando as atividades mais importantes e estabelecendo prazos realistas para reduzir a sensação de sobrecarga e permitir a concentração em uma coisa de cada vez;
  • Cuidar do corpo, que está intimamente ligado a ter uma mente saudável. Durma o suficiente, alimente-se bem, pratique atividades físicas e evite o consumo excessivo de substâncias estimulantes, como cafeína, tabaco e álcool;
  • Encontrar atividades que você realmente gosta de fazer e que proporcionem prazer. Sejam hobbies, passatempos, encontrar amigos, assistir a filmes, ler um livro ou qualquer atividade que traga alegria e sirva para relaxar;
  • Compartilhar suas preocupações com pessoas de confiança, como amigos, familiares ou um profissional de saúde. Ter um sistema de apoio sólido ajuda a aliviar o estresse e oferecer perspectivas diferentes;
  • Praticar atividades físicas é uma ótima maneira de reduzir o estresse. Além de melhorar a saúde e o condicionamento físico, o exercício libera endorfina, substância que promove a sensação de bem-estar;
  • Reservar um tempo para lidar com suas ansiedades e gerenciar as preocupações, anotando-as em um papel e pensando em estratégias para enfrentar cada uma delas, evitando que se acumulem e causem um nível excessivo de estresse.

Por fim, não tenha medo de pedir ajuda. Se o estresse estiver prejudicando sua qualidade de vida e você estiver com dificuldade para lidar com ele, não hesite em procurar ajuda profissional!

Um terapeuta ou psicólogo pode fornecer orientação e estratégias eficazes para gerenciar o estresse de forma saudável.

A importância do suporte social e profissional

O suporte social e profissional desempenha um papel fundamental no combate ao Burnout, promovendo resiliência no trabalho. Ter um sistema de apoio sólido ajuda a lidar com o estresse e as demandas do trabalho, reduzindo o risco de esgotamento físico e mental.

Isso envolve a conexão com colegas, amigos e familiares, compartilhando preocupações, desafios e sucessos. Ter alguém para conversar e receber apoio pode aliviar o estresse e proporcionar uma sensação de pertencimento e compreensão.

Vale destacar que este tipo de suporte pode ser obtido por meio de programas de bem-estar no trabalho, como treinamentos de gerenciamento de estresse, programas de coaching ou aconselhamento psicológico, ações que a própria empresa pode disponibilizar para os colaboradores.

Essas iniciativas fornecem ferramentas e estratégias para lidar com o estresse, desenvolver habilidades de autogerenciamento e outras, sendo que todas são extremamente eficazes para a prevenção e cuidados contra esta síndrome.

Bons conteúdos relacionados ao tema

Para ficar ainda melhor de entender e prevenir problemas como o Burnout e outras condições que podem surgir e afetar nossa saúde mental devido ao estresse no trabalho, separamos alguns ótimos conteúdos que podem te ajudar a ter uma compreensão maior do tema. Confira:

Acima de tudo, não se esqueça de sempre tomar o máximo de cuidado possível com o estresse, mesmo que seja impossível removê-lo por completo de nossas vidas. E para conferir mais dicas de cuidado com a sua vida profissional, confira o blog da Trevisan!