A mão invisível
Em seu livro A Riqueza das Nações, publicado pela primeira vez em 1776, Adam Smith afirma que os indivíduos buscam apenas seus ganhos individuais, mas que a ação de uma espécie de “mão invisível” acaba levando-os a promover, sem querer, uma distribuição social desses ganhos. Ou seja, a distribuição social da riqueza seria naturalmente realizada. Dessa tese nasceu a expressão “A mão invisível do mercado”. De lá para cá, essa teoria acabou sendo interpretada – e utilizada – pelos liberais radicais como uma defesa da interferência mínima do Estado na economia, já que a distribuição social seria “natural”. Isso fez o pensador inglês ser visto como defensor do chamado Estado Mínimo (aquele que interfere o mínimo possível na economia e na sociedade), sem nunca ter defendido esse modelo. Ao contrário, Smith defendia a livre concorrência, sem nunca subestimar a necessidade da atuação do Estado. Ironicamente, na verdade quem previu o fim da interferência do Estado foi Karl Marx. Por estas e outras, percebe-se a importância de se conhecer mais a fundo as teorias econômicas, estudando-as a partir de suas fontes originais: a obra dos autores que as propõem.
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