Você gosta do que faz? Ou sabe o que quer fazer?

Essa é uma pergunta recorrente e poucas pessoas falam com total convicção que amam o que fazem.

Muitas vezes gostamos de culpar a economia e os nossos problemas de dinheiro, mas há outras razões para se sentir desconectado do que você faz para ganhar a vida. Milhões de pessoas trabalham em empregos e carreiras que odeiam e não são capazes de descobrir o que realmente gostariam de estar fazendo.

Descobrir esta resposta nem sempre é fácil, na verdade, geralmente é difícil, mas vamos falar de alguns passos que podem te ajudar:

1) Saia desta pequena caixa onde você está preso.
Todas as pessoas que estão presas sentem-se desta forma porque fizeram algumas suposições erradas e/ou rígidas sobre o que precisam para serem felizes, ou o que eles são capazes de criar. Estes pressupostos (muitas vezes inconscientes) irão mantê-lo preso em uma caixa apertada, com uma tampa que não vai ceder.
Algumas dessas suposições limitantes são:
– Eu preciso de ganhar R$ XXXXXX para viver a vida que eu quero;
– Meu casamento ou a família não vai sobreviver se eu tomar tal decisão;
– Estou muito velho para fazer esta mudança;
– Eu não tenho o que é preciso para me reinventar ou até mesmo redirecionar o que eu faço;
– Eu sou um perdedor e um fracasso;

– Eu não posso competir;
– Eu não tenho nada importante para oferecer;
– Nada mais vai ser melhor.

Pensando assim, fica realmente difícil pensar fora da caixa, quanto mais sair totalmente dela. Como fazer então?
Provavelmente você precisará de ajuda para identificar seus talentos especiais, capacidades e potenciais. Você tem que envolver outra pessoa na discussão sobre a sua vida, alguém que respeite, que é experiente, bem sucedido no que faz, e que não tenha interesses pessoais na decisão que você irá ou não tomar. Encontre hoje alguém que possa te aconselhar ou orientá-lo sobre o que é possível, e que possa ajudá-lo a ver o que está impedindo você de identificar a solução. Se você está tentando fazer tudo isso por si mesmo o processo será bem mais difícil.

2) Olhe o que está funcionando e o que não está.

Muitas pessoas acordam na meia-idade e percebem que suas carreiras são lamentáveis e sem sucesso, e ficam tão aborrecidas com isso que querem esquecer e jogar toda aquela experiência fora. Não cometa esse erro. Faça uma avaliação completa do que você gostaria de preservar e manter em sua carreira atual, e se livre apenas das partes que fazem você se sentir com raiva, triste, frustrado e contrariado. Afinal, se você fez uma mesma coisa por algum tempo, isso não pode ser tão ruim assim.

3) Desenvolva uma rede de apoio.
A realidade é que você não pode chegar onde quer na vida, com tudo funcionando perfeitamente, se não tiver ajuda. Não importa onde está em sua carreira, você precisará sempre de pessoas para ajudar a dar o próximo passo. Comece a construir uma rede poderosa de colegas leais que admiram e apreciam você e que ficariam mais do que felizes em ajudá-lo. Há muitas maneiras de desenvolver uma comunidade que irá apoiá-lo, inclusive utilizando LinkedIn, oferecendo endossos e depoimentos para pessoas que você respeita, atendendo associação e reuniões de rede de profissionais em seu campo, reencontrando ex-colegas que você admira, etc.

4) Construa sua marca pessoal e saiba contar bem a sua história.
Antes que você possa descobrir o que você realmente quer, você tem que saber quem realmente é e precisa contar uma história convincente sobre si mesmo. Apenas uma pequena fração de profissionais sabe responder a estas perguntas de forma convincente e envolvente:
– Pelo que você é mais conhecido?
– O que você tem a oferecer que é significativamente diferente do que a melhor pessoa na sua área pode oferecer?
– Que habilidades e talentos fazem você se destacar?
– Que experiências de vida lhe moldaram de maneiras especiais?
– Quais são os seus valores fundamentais?
– Quando você estiver com 90 anos olhando para trás, o que você gostaria de ver?

Se você não consegue responder a estas perguntas, você não vai descobrir o que realmente quer, pois ainda não se conhece bem o suficiente e talvez os outros não consigam ajudá-lo.

6) Agora ligue os pontos.
Pare para responder a essas questões críticas:
Quais são as minhas paixões, e como posso transformá-las em alguma forma de trabalho?

Com base nas paixões, talentos e habilidades que eu tenho, que são as carreiras mais adequadas para mim?
Quais são todos os fatores que preciso abordar em meu planejando de carreira (dinheiro, tempo, energia, geografia, as necessidades da família, apoio, prazer, saúde, etc)?
Estou fazendo suposições errôneas sobre mim e sobre a minha vida que eu preciso repensar?
Sei o que é preciso para ser bem sucedido nesta nova direção, e estou comprometido 100%?
Eu realmente quero começar meu próprio negócio, ou estou apenas fugindo de alguma coisa?
Como vou financiar a minha mudança de carreira ou de transição?
Onde posso encontrar o suporte contínuo que preciso?

Se você é uma dessas pessoas que não está certa sobre sua carreira, e começou a se questionar sobre alguns ou vários destes pontos, já começou sua jornada.

Boa sorte!