Investir na equipe é essencial para empresas em tempos de crise
Em momentos de crise e cortes nos orçamentos, às vezes fica difícil ser otimista com o futuro e investir para se preparar. Mas é exatamente isso que precisa ser feito. Com a situação econômica do Brasil, as organizações devem investir na carreira e na formação do time da casa, passar mais informações para prepará-lo para o futuro. O mesmo vale para pessoas físicas que trabalham por conta, pois se destacam perante aos concorrentes.
Sérgio Gomes, sócio e consultor da Ockam, consultoria especializada em liderança, gestão, cultura, estratégia e governança corporativa, vai além e reforça a importância desse investimento interno. “Investir nas pessoas que já integram os times das organizações deveria ser uma coisa feita, independentemente, de estarmos em crise ou não”, afirma.
Formado em Administração pela ESPM, com MBA em Administração pela FGV e certificação internacional em Coaching pelo College of Executive Coaching California/EUA e pelo ICI, ele atuou em multinacionais como Merck Sharp & Dohme e Philips, e há mais de oito anos dedica-se a projetos focados em desenvolvimento humano. Confira a entrevista.
1 – Em tempos de cortes, a palavra crise em quase todas as conversas e cautela de todos, como falar de investimentos de forma positiva e eficiente nas organizações?
Investir nas pessoas que já integram os times das organizações deveria ser uma coisa feita, independentemente, de estarmos em crise ou não. A primeira coisa é entender se as pessoas querem ou não essa ajuda das empresas, segundo o que esse investimento traz para a organização como um todo e, por último, tentar prever e trazer à tona o que esse investimento pode trazer de coisas intangíveis, como a felicidade, união, comprometimento, entre outros tipos de comportamento. O pensamento deve ser: Por que estou fazendo isso? Qual retorno espero disso?
2 – Qual comportamento é nocivo e deve ser evitado pelas organizações em um período de crise no País? E para pessoas físicas?
Existem três tipos de comportamentos que são nocivos e devem ser evitados pelas organizações: corte de gastos apenas em coisas prioritárias para o coro do negócio; colocar foco no que deve ser cortado e não pensar no que se deve investir para crescer; começar a fazer cortes demais e deixa as pessoas desesperadas, o ambiente e clima pesado. Esse último acaba gerando uma bola de neve nas empresas, pois pessoas inseguras, geram menos resultados e com menos resultados é preciso fazer sempre mais cortes. Já para as pessoas físicas é importante pensar bem nos cortes mais importantes e necessários para aquele momento e também não perder o foco da solução e só olhar para o problema.
3 – Para quem trabalha por conta quais alternativas devem ser tomadas para se destacar na multidão de concorrentes?
É de extrema importância saber exatamente qual o seu diferencial perante aos outros negócios, se nem a pessoa sabe responder isso, ai é um grande problema. Além disso, é importante entender como você pode atingir o coração do seu cliente? Para que de fato não seja tão simples ele trocar você por outro fornecedor.
Fonte: Revista Melhor.