Redes Sociais na Empresa: Liberar ou proibir?

Bom, hoje vou acabar revelando minha idade, pois sou da época da maquina de escrever, você lembra ou fez curso de datilografia? Do tempo do Telex, do Fax já é mais moderno, mas o quero dizer com isso?

Então, vamos por partes, uma coisa muito importante é entender que a tecnologia avança muito todos os dias e todos nós de auditoria, controladoria, compliance, controles internos e riscos, devemos buscar entender o que esta acontecendo e buscar melhorias para a organização, mas como podemos fazer isso?

Não faz muito tempo, a TI da sua empresa bloqueava os acessos a e-mail particular, sites ou paginas de internet que não faziam jus ao trabalho exercido pelos colaboradores, mas com o advento dos smartphones, iphones, ipads, tablets, redes sem fio, mobilidade digital, sejam qual for nome, vem à pergunta como posso bloquear os acessos remotos? Não posso.

Temos que apelar pela cultura e educação de nossos colaboradores, afinal as rede sociais possuem um atrativo, que causam até dependência, pode ser que você seja um desses, afinal vai ao banheiro com o aparelho, em reuniões profissionais e de família, na sala de sua casa você não conversa mais, pois manda SMS para a esposa na cozinha, pede para o filho enviar o boletim por e-mail, usa o aparelho no metrô, no ônibus, no carro, afinal não podemos perder tempo, será?

Portanto, como podemos mudar esta cultura do acesso à novidade e acertas bobagens também dentro da empresa? Educando e cobrando resultados, pois estas informações distraem, mas também não podemos viver sem informação, a solução é disciplina, buscar a melhoria do convívio entre trabalho e a informação deve ser mais bem ajustado nas organizações.

Vejamos o que as empresas tem feito com o combate ao tabagismo, mas se um colaborador fumar um maço de cigarro por dia, e a cada descida para fumar, entre idas e vindas, demorar 10 min, quanto tempo de trabalho se perde no dia? E na semana? E com a rede social também pode ocorrer a mesma coisa, portanto devemos orientar e monitorar resultados, pois acredito que a questão é meta x tarefas x resultados x recompensa, pois desta forma podemos criar uma cultura organizacional diferente e sem grande atritos internos, pois aquele profissional que não faz parte deste grupo pode vir a sentir-se desmotivado ou acreditar que este seja o modelo ideal. Pense nisso.

* Marcos Assi é professor do MBA Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a confiança na gestão dos negócios” e “Gestão de Riscos com Controles Internos – Ferramentas, certificações e métodos para garantir a eficiência dos negócios” pela (Saint Paul Editora) e consultor de finanças do programa A Grande Idéia do SBT. Sócio Diretor da Daryus Consultoria e Treinamento.